MUDANÇAS CLIMÁTICAS E ILHAS DE CALOR URBANAS. ÊNFASE NA CONFIGURAÇÃO URBANA E NA AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE E DESEMPENHO AMBIENTAL
Mudanças climáticas globais estão ocorrendo e as iniciativas de mitigação dos efeitos nocivos à saúde humana decorrentes destas mudanças se apresentam de forma discreta e não acompanham a urgência da crise ambiental. O Brasil assumiu compromissos voluntários para a redução de emissões, mas medidas de adaptação, especialmente para as áreas urbanas, ficaram desassistidas. Este Projeto situa-se na área da urbanização e, especificamente, na área que denominamos Urbanismo Sustentável, e tem como objetivos específicos contribuir para o conhecimento sobre a relação entre Mudanças climáticas e Ilhas de calor urbanas. Segundo estudos da Secretaria de Meio Ambiente, (2016) significativas mudanças no clima do DF e na Região Integrada de desenvolvimento do DF e Entorno - RIDE estão sendo detectadas nos últimos 60 anos, confirmando as sinalizações das projeções climáticas, tanto estatísticas quanto dinâmicas. Analisando a distribuição espacial do ambiente construído em frações urbanas no espaço aberto do Distrito Federal e após o desenvolvimento do índice de avaliação de sustentabilidade (modelo desenvolvido em pesquisas anteriores: Etapa 1 e 2) será aplicado em 8 regiões administrativas do Distrito Federal: Paranoá, Itapoá, Sudoeste, Mangueiral, Areal, Arniqueiras, Vila Telebrasília e Lúcio Costa. É importante ressaltar que esta pesquisa prevê parcerias com outras universidades (Harvard e UFTO) e com outros grupos de pesquisas. Baseados nos estudos já realizados no LASUS nos anos 2014 e 2016, será feito um estudo piloto para a cidade de Palmas, capital do estado de Tocantins. Propomos também realizar um estudo modelo e introdutório de diretrizes para um desenho urbano mais sustentável nos espaços livres da cidade de Palmas, Tocantins. Serão realizadas imagens de satélite e medições que mostrem as temperaturas em ambientes urbanos, proximidades de corpos d?água e de massas de vegetação. Será utilizada câmera termográfica para acompanhar as medições nos espaços escolhidos, nos quais já foram implementadas técnicas de medições in loco tradicionais. Serão avaliados as principais variáveis ambientais que afetam o quadro construído e considerados os elementos da estrutura urbana (dimensões dos edifícios e dos espaços entre eles, a largura das vias, ou seja, a classe de rugosidade), os elementos da cobertura urbana (construídos, vegetais, água, pavimentos e solo livre, em percentagens de permeabilidade do solo), os materiais urbanos (construções e materiais naturais) e o metabolismo urbano (água, calor, poluição devida às atividades antropogênicas). Com esses dados e imagens, serão realizadas diversas deduções, tais como: a quantidade de área exposta à radiação, eventualmente amenizada pela vegetação; a distribuição do albedo e os fluxos radiantes dos cânions urbanos, diferenciando as áreas de passagem e os espaços públicos de convivência a fim de determinar quais padrões de ocupação ficam próximos do ambiente sustentável, e classificar as situações bioclimaticamente confortáveis e sustentáveis.
- Integrantes
- Marta Adriana Bustos Romero (Coordenadora)
- Caio Frederico e Silva
- Ana carolina Cordeiro Correia Lima
- Abner Calixter
- Werneck, Daniela Rocha
- Valmor Cerqueira Pazos
- João Vitor Lopes Lima Farias
- Judith Rodriguez
- Thalyson Ferreira Duarte Primo
- María Eugenia Martínez Mansilla
- Renata Godinho Cordeiro de Andrade
- Elen Oliveira Vianna
- Matheus Lima Ribeiro
- Roberta Borges dos Santos
- Erondina Azevedo de Lima
- Financiamento
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro